
O cimento de Grossman
Em 1958, verificando que a prata oxidava, formando sulfetos que manchavam a coroa dos dentes, o Prof. Louis I. Grossman eliminou a prata da composição do pó, propondo uma nova fórmula para o cimento à base de óxido de zinco e eugenol. Quanto à composição do líqüido, ele substituiu a solução de cloreto de zinco a 4% pelo óleo de amêndoas doces. A adição de um óleo vegetal ao cimento teve como objetivo aumentar o seu tempo de presa (endurecimento), passando para 20 minutos, o que permitiu mais tempo para o profissional realizar a etapa de obturação e, até mesmo, fazer alguma correção, se necessário fosse, antes do cimento tomar a presa completa. O cimento permaneceu solúvel em solventes etéreos, portanto, possível de ser removido do canal radicular, caso necessário. Os resultados clínicos também se mostraram satisfatórios, parecendo que o material não provocava irritação aos tecidos perirradiculares. Esse estudo foi publicado no “Journal of the American Dental Association”.